26 de nov. de 2012

Celular na Cadeia

Pergunta valendo um milhão de reais:

O que é mais fácil?

A - Apertar o cerco nas revistas aos visitantes em cadeias, sejam parentes ou advogados, para impedir a entrada de celulares e outros objetos proibidos nas cadeias e presídios;

B - Fazer uma lei que obrigue as empresas de telefonia a instalarem bloqueadores de sinal nos presídios.

Sendo a resposta óbvia e sabendo o jeito que opera o nosso governo, esta ai a brilhante solução dada por eles para mais esse problema de segurança pública. Leia a notícia que saiu hoje do DC que fala sobre isso. Foi criada uma LEI obrigando as operadoras a instalarem os bloqueadores de sinal nos presídios. Claro que as empresas recorreram no STF contra essa lei alegando - ao meu ver com razão - que o estado não pode repassar para empresas privadas o custo de um problema que é do estado.

O estado (governo estatual e federal) não amplia o sistema prisional. Os presídios e cadeias que temos ai estão superlotados, verdadeiros depósitos de gente, com problemas de infraestrutura, segurança, saúde, etc. Os presídios que dizem ser de segurança máxima não chegam nem perto disso, afinal o Fernandinho Beiramar continua mandando mesmo preso em um desses presídios.

Pouquíssimos presídios oferecem real condição de reintegrar um apenado à sociedade dando a ele reais condições de conseguir um emprego e de largar a vida do crime após sair do regime fechado. Sendo assim, o sistema prisional brasileiro não funciona e não cumpre sua missão. Depois quando acontece ondas de crimes e atentados como a da última semana aqui em Florianópolis tem gente que ainda não sabe porque. Os criminosos são culpados e merecem punição severa? Claro que sim, sem dúvida! Porém devemos dar a eles as mínimas condições para que eles cumpram suas penas com dignidade e saiam pensando em mudar de vida e largar o crime.

Passou da hora do estado agir de forma eficiente ao invés de repassar para a iniciativa privada a responsabilidade de bloquear o sinal de celular nos presídios, o que antes de mais nada não passa de uma solução do tipo "tapar o sol com a peneira". Que tal planejar e agir com eficiência Sr. Governador e Sra. Presidente?


28 de out. de 2012

Cruzamento livre



Pela foto vocês já devem imaginar o assunto de hoje. O que vou dizer parece meio óbvio, porém como visto diariamente em diversos cruzamentos das mais variadas cidades, especialmente em Florianópolis, parece que no horário de pico muitos motoristas - pra não dizer todos - ficam meio abobalhados e esquecem até das coisas mais óbvias: todo cruzamento deve permanecer sempre livre para não congestionar o fluxo na rua transversal!



Vendo as fotos vocês já perceberam o que acontece quando algo óbvio não é respeitado pelos motoristas apressadinhos e folgados. O caos toma conta do trânsito. Um colega da internet postou uma hipótese muito ilustrativa.
"Imagine um cruzamento bloqueado. Agora imagine que, por causa deste bloqueio, uma fila enorme se forma na rua transversal, o que vai acabar bloqueando outro cruzamento, da quadra de trás, e este, por sua vez também vai formar outra fila na rua paralela à primeira, que bloqueia outro cruzamento, e esta fila agora, é quem está bloqueando o primeiro dos cruzamentos. Meio confuso, não? De qualquer maneira, agora imagine isso estendido a vários quarteirões. Eu acho que acontece, mas a gente não percebe..."
Desenhando fica mais fácil de entender...


Você leitor apressadinho, percebeu o que acontece quando você não respeita algo óbvio, quando não tem paciência de esperar pra avançar, quando não respeita as leis de trânsito? Você é o responsável pelo inferno na terra, pelo seu próprio inferno, que é o trânsito caótico do horário de pico.

Depois dessa introdução elucidativa, vamos ao que interessa: uma solução simples para resolver esse problema. Cabe uma ressalva: não existe solução mágica! Ou seja, tudo depende da educação dos motoristas e da fiscalização firme, constante e eficiente. Mas para ajudar na fiscalização e educação, uma medida muito simples é a pintura e demarcação das áreas de cruzamento que jamais devem ser bloqueadas, as famosas Yellow Box (mas como não gosto de termos em inglês, chamarei de Área Livre), como vemos na foto abaixo.


Sobre essa área demarcada, nenhum carro jamais deverá parar, para não obstruir o trânsito da rua transversal. Quem para sobre essa área, além de atrapalhar e muito o trânsito, está sujeito às penalidades de trânsito (infração média).

Aqui em Florianópolis, a prefeitura não tem nem nunca teve o costume de utilizar essa marcação nos cruzamentos. Na verdade só tenho conhecimento de um cruzamento aqui que tem essa marcação, no cruzamento em frente ao terminal Rita Maria. Se todos cruzamentos tivessem essa marcação os motoristas teriam mais facilidade para respeitar essa regra, e os policiais e guardas de trânsito teriam mais facilidade para multar os infratores. Simples assim!

23 de out. de 2012

Lombada Inteligente

Dando continuidade ao último post, com opiniões de soluções simples para melhorar o trânsito, sempre pensei que as lombadas poderiam ser mais do que meros obstáculos para redução de velocidade. Porque não juntar duas funções em um só equipamento? Lombada + faixa de pedestre! Muito mais interessante do que lombada e cinqüenta metros depois uma faixa de pedestres, o que obriga na maioria das vezes a reduzir ou parar o carro duas vezes, como visto na foto abaixo, próximo a entrada da Serrinha. Isso quando a lombada não está encostada na faixa de pedestre.


No Córrego Grande, outra via que é muito congestionada, entre a padaria Super Pão e a Escola Básica João Alfredo Rohr, em um trecho de quase 800m, temos 4 lombadas ao lado de faixas de pedestre, contribuindo para trancar ainda mais o trânsito.

Já vi essa solução - de juntar lombada e faixa de pedestre - usada largamente em Santiago no Chile, em Jurerê Internacional em apenas um ponto, na Pedra Branca e também na parte revitalizada da SC-439 entre Grão Pará e Urubici logo após a Serra do Corvo Branco (que por sinal ficou uma belezura, muito bem sinalizada), como visto na foto abaixo. Algo muito mais prático e lógico não acham?



O nome técnico para isso é Travessia Elevada ou Faixa Elevada. Além dos benefícios para o trânsito, ao se adotar essa solução a mobilidade dos cadeirantes também é facilitada pois, a faixa de pedestre ficará no mesmo nível da calçada, como pode ser melhor percebido na figura abaixo, retirada de um documento do Governo de São Paulo.









Penso que nem toda faixa de pedestre deveria virar lombada, mas toda lombada deveria virar faixa de pedestre. Claro que cada caso deveria ser analisado para que seja adotada a melhor solução conforme as necessidades e região. Mas onde os dois equipamentos estão próximos que se juntem eles, economizando uma parada ou redução de velocidade o que melhorará o fluxo nas ruas e avenidas assim como a vida dos cadeirantes. Simples assim!

4 de out. de 2012

Precisamos de especialistas

Andando pela cidade, seja de carro, de bicicleta ou a pé, percebo que pequenas ações da prefeitura poderiam contribuir muito para a melhoria do trânsito e da qualidade de vida das pessoas. Geralmente a prefeitura fala de grandes obras, como trevos, viadutos, duplicações, porém parece que não dá muita atenção para pequenas melhorias que poderiam ser feitas com supervisão de especialistas em trânsito e urbanismo. Se não há gente suficiente nos quadros da PMF/IPUF, porque não fazer convênios com as universidades e empresas juniores de cursos como Arquitetura e Urbanismo ou Engenharia Civil? Se não há especialistas no IPUF, nas universidades tem de sobra.

Talvez esteja equivocado ao falar que não há especialistas no IPUF, porém no quadro de funcionários vemos que só há uma pessoa na diretoria técnica, assim como no departamento de trânsito. E na diretoria de planejamento também só há uma pessoa além da secretária (lista completa). Dessas áreas só é possível ver o currículo da diretora de planejamento, que é Arquiteta pós-graduada. E os demais? Será que são especialistas ou apenas "políticos"? Mesmo sendo especialistas, fica claro que falta gente qualificada para somar ao quadro de funcionários do IPUF.

Como planejar uma cidade sem pensadores, sem especialistas? Não é preciso gastar fortunas em diárias para levar políticos à outros países para verem soluções adotadas lá fora. Cada cidade tem sua realidade. O que é preciso é vontade política de se resolver de fato os problemas de nossa cidade. Não espero que o prefeito seja o especialista que tanto falo. Espero que ele tenha humildade suficiente para contratar especialistas ou firmar convênios com as universidades para estes sim, pensarem nas melhores soluções de urbanismo e trânsito.

Eu não sou especialista em nenhuma dessas áreas, mas pela minha formação tenho um pouco de conhecimento e visão crítica. Por isso começarei a dar opiniões sobre essas pequenas alterações que poderiam ser feitas para melhorar o nosso trânsito e nossa qualidade de vida.

2 de out. de 2012

Ponta do Coral e a Mobilização Tardia

A Ponta do Coral, em Florianópolis, voltou a ser manchete de uns tempos pra cá depois que a Hantei lançou o projeto da construção de um hotel no local (leia sobre). Muitos são a favor, muitos são contra. Eu já defendi publicamente o projeto, porém hoje, após ler um pouco mais e refletir melhor, já não tenho tanta convicção assim que o projeto é o melhor para a área. Ainda credito que se trata de um bom projeto, mas a opção da área ser 100% pública também é muito interessante.

Mas após ver toda mobilização contra, quero questionar outra coisa além de ser a favor ou contra o projeto. Não consigo entender essa luta contra o hotel, pois até pouco tempo atrás, antes de se falar em hotel, a área era "pública", pois estava lá aberta, abandonada, inutilizada, servindo de ponto de consumo de drogas e prostituição, crescendo mato, não servindo pra nada. Ou seja, agora que alguém quis aproveitar a área que tem um enorme potencial e assim fazer a região se desenvolver, muitos criticam essa iniciativa e pedem a área 100% pública. Tá certo que a reivindicação de área 100% pública remete aos anos 30, porém desde que me conheço por gente nunca vi anteriormente uma única manifestação da população sobre o assunto.

Onde estavam todos esses que são contra quando a área estava abandonada não servindo pra nada? Porque não se engajaram com a mesma vontade para exigir da prefeitura que fizesse algo de útil no local? Então se o tal projeto do hotel nunca viesse a ser feito a área iria permanecer abandonada pra sempre? Todos querem a praça mas ninguém cobra nada, ninguém faz nada. Quando o dono aparece pra utilizar a área todos caem de pau em cima. Porque não houve essa mobilização antes de se falar em hotel? A maioria da população quer ou não quer o hotel? Criticar depois do projeto feito é fácil. O difícil é fazer o projeto e executá-lo.

Segue alguns links recomendados por um amigo que fala mais sobre o local:
1. http://desacato.info/2012/03/ponta-do-coral-privatizacao-da-natureza/
2. http://www.youtube.com/watch?v=fvPaSAz_OYk&feature=youtu.be
3. http://parqueculturaldas3pontas.wordpress.com/quem-somos/

11 de set. de 2012

Patriotismo

Quando se fala em patriotismo acho que a maioria dos Brasileiros pensa em copa do mundo. Outra grande parte pensa em Olimpíadas. Alguns talvez lembrem do 7 de setembro, e talvez uma pequena parte pense nisso quase que diariamente ao se enojarem com essas infindáveis notícias de corrupção e desvio de verbas. Eu me considero um patriota, alguém que sente orgulho de ser Brasileiro e que quer sempre o melhor para essa grande nação. Para mim, nada melhor que os desfiles de 7 de setembro para mexer com esse meu orgulho, com meu patriotismo. Se vestir de verde e amarelo, ostentar bandeiras do Brasil não é sinal de aprovação do governo. É sinal de que somos Brasileiros antes de mais nada, e que defenderemos nossa pátria de todo o mal, seja externo ou seja interno como governos corruptos.

No dia 7, ao passar pelo desfile cívico aqui em Floripa rumo a BR-101 e Criciúma, comentei que tudo isso, os militares em forma, a população de verde e amarelo balançando bandeirinhas do Brasil, todos em clima de festa, me emociona muito e faz o orgulho de ser Brasileiro transbordar. Porém quem estava comigo não entendeu, pois sabe que muitas vezes comento e chego a escrever aqui ou no facebook falando mal do Brasil: da sua infraestrutura, da mania de tentar se resolver tudo no jeitinho, dos políticos, das maracutaias, corrupção, falta de saúde, educação, segurança, etc. Mas ai que está o ponto fundamental para mim.

Eu falo mal mesmo das coisas erradas que temos aqui no Brasil, não porque não gosto daqui. Falo pois me agonia ver tudo isso de ruim e as pessoas não se importarem, não exigirem mudanças, ficarem na mesma, votarem sempre nos mesmos "Malufs". Falo pois quero ver os problemas do Brasil serem resolvidos um a um até um dia nos tornarmos de fato uma nação de primeiro mundo. Falo porque sou patriota e me incomoda ver que poucos estão de certa forma destruindo o meu país, a minha nação. E como não tenho poder suficiente para resolver esses problemas sozinho ou para chegar até os responsáveis por tudo isso e cobrar uma atitude, uso o único poder que tenho, que é a palavra e a internet. Assim quem sabe mais pessoas que pensem como eu também comecem a se mexer e juntos sim teremos poder suficiente para ajudar a nossa pátria, ajudar o Brasil a mudar de rumo.

11 de jun. de 2012

Álcool Líquido

Deixa eu ver se entendi. O álcool líquido é muito perigoso, causa grande parte das queimaduras domésticas, principalmente em crianças. Ou seja, é uma substância muito perigosa. Certo?! Entendi! O álcool é tão perigoso (nas mãos de uma criança principalmente) quanto uma faca bem afiada, um tesoura pontuda, uma panela de água fervente, um carro, fogos de artifício, uma serra circular... certo?! Entendi! Então, pelo álcool ser muito perigoso querem voltar com proibição da sua comercialização para assim prevenir acidentes em casa. Certo?! Não... não entendi.

Como assim? Que o álcool é perigoso nós já sabemos. Mas proibir a sua venda é um absurdo. O álcool é muito importante para diversas tarefas domésticas, em que o álcool em gel não resolve. Se querem proibir a venda do álcool líquido por ser perigoso nas mãos de crianças, então proíbam também a venda do que listei antes: carros, facas, serras e também proíbam de ferver água no fogão.

A responsabilidade dos acidentes envolvendo crianças não é do álcool, e sim dos adultos que deixam o álcool ao alcance das crianças. Não adianta criar leis para proibir a venda do álcool líquido enquanto em casa os pais continuarem a deixar panelas com água fervente na beira do fogão, facas em lugares baixos, enfim, enquanto não cuidarem das crianças e dos perigos que as rodeiam. E se por fim você achar que o álcool líquido deveria ser proibido por ser muito perigo, basta não comprá-lo.


4 de mar. de 2012

Os jovens e a internet

Estava vendo um trecho de um programa no Canal Futura sobre a juventude e a internet, onde foi dito que quando uma criança de hoje em dia chegar a vida adulta, terá gasto mais de 10.000 horas na internet. Isso é mais do que 1 ano inteiro ligado a um computador, 24 horas por dia!!! Muitos dizem que isso é normal, afinal são novas gerações, novos tempos, novas brincadeiras. Mas como assim? Brincadeira é coisa séria, são jogos e atividades que auxiliam o desenvolvimento da criança como um todo, tanto mentalmente quanto fisicamente, além é claro de ser uma grande diversão.

Os computadores podem ajudar e complementar o desenvolvimento intelectual de uma criança, mas nunca deveria ser o foco das atividades de uma criança, a fonte de praticamente toda sua atividade de lazer e diversão. Lugar de criança é na rua, no parque, no chão, jogando bola, taco, brincando de esconde-esconde, correr, andar de bicicleta, subir em árvore, descer morros com carrinhos de rolimã, skate, soltar pipa... Twitter, facebook, orkut, msn deveriam ser as brincadeiras de dia de chuva no máximo. Mas os pais de hoje, os adultos, não tem mais tempo de ensinar as crianças e seus filhos a brincar de verdade. Ensinar a jogar bola, andar de skate, soltar pipa, fazer um carrinho de rolimã dá muito trabalho. É muito tempo gasto para fazer essas coisas. E a criança pode se machucar, tadinha, pode se ralar. Queridos... criança foi feita para se machucar.

Mas o que é mais fácil? Colocar o filho na frente do computador, pra ele ficar ali vidrado, hipnotizado pela tela mágica e não encher o saco nem se quebrar na rua, ou ensinar ele a brincar de verdade como todo moleque que nasceu até os anos 80? Então não adianta culpar a internet, os novos tempos, as novas tecnologias ou as novas modinhas pelas crianças de hoje estarem assim tão "computadorizadas". A culpa é nossa, dos adultos, que damos o exemplo e ensinamos para elas que o divertido é ficar na frente do computador por horas e horas. E infelizmente eu também sou um desses que estou deixando de fazer as coisas boas da vida para (literalmente) perder cada vez mais tempo na internet. Mas é sempre tempo de mudar, e voltar a brincar de verdade...

11 de fev. de 2012

Investimentos em educação

Vi hoje uma matéria na TV que beira o absurdo. Algumas prefeituras do estado e o próprio Governo estadual, irão demolir algumas escolas pois estão em total estado de abandono, sem condições de funcionarem com a mínima segurança e conforto. Segundo a matéria são escolas antigas da década de 80, como se isso fosse motivo para demolição. Vejam quantos prédios centenários abrigam ótimas escolas e faculdades nos EUA e Europa. O fato de serem da década de 80 não justifica a demolição.

O que acontece é a sempre e constante falta de investimentos em educação, de maneira concisa, ordenada e planejada. Então os governos municipais e estadual deixam de investir na manutenção das escolas, e ano após anos elas vão se deteriorando. O nosso dinheiro público vai escoando pelo ralo junto com as goteiras dos telhados. Até que um belo dia, no início do ano letivo e "coincidentemente" em ano eleitoral, eles resolvem demolir as escolas para construir novas. Alguém imagina o real motivo? Será para assim desviar mais dinheiro para as campanhas de outubro? Será para contabilizar novas escolas nos imensos currículos de obras dos políticos? Será para inflar os investimentos em educação em ano eleitoral e assim manipular a informação e o povo? 

Os motivos reais são obscuros mas velhos conhecidos. E como sempre quem sai perdendo é a população em geral. Alguém já viu uma escola particular, de empresários sérios, caindo aos pedaços? Claro que não, pois eles sabem que o patrimônio e instalação física da escola custa muito dinheiro e influi diretamente na qualidade do ensino. Então eles preferem sabiamente investir menos mas constantemente para manter a estrutura física sempre em ordem e funcional. Já os nossos políticos, preferem pensar na campanha eleitoral que acontece de 2 em 2 anos como uma praga eterna. É hora de acordar e exigir mais seriedade dos nossos governantes. Mas como que o povo vai "acordar" se não receberam uma boa educação e são ignorantes (no "melhor" sentido da palavra)? E assim caminha a nossa educação, sempre na margem, sem um real investimento e valorização por parte dos governantes.

24 de jan. de 2012

Tem alguma coisa errada

Eu não sou dono da verdade. Nunca fui nem nunca serei. Mas tem alguma coisa errada. Não é possível vermos notícias cada vez mais escandalosas sobre corrupção e uso indevido do dinheiro público, sobre desvios de verba, violência urbana crescendo, saúde pública aos farrapos, infra-estrutura nacional sucateada, educação esquecida pelos governantes e por ai vai, e durante mais de duas semanas só se falar dos fatos ocorridos num programa de reality show, numa falsa grávida, e numa ilustre desconhecida que estava fora do país.

Não gosto desse tipo de assunto, mas também não tenho nada contra, desde que sejam falados nos devidos canais e programas de entretenimento! Acontece que esses referidos assuntos foram exaustivamente discutidos em telejornais ditos como sérios e em reportagens especiais de vários minutos em horário nobre. Tem alguma coisa errada nisso tudo. Afinal o Brasil tem muitos outros problemas mais sérios e importantes para serem apresentados e discutidos pela mídia. Já passou da hora do Brasileiro cair na real e exigir dos governantes atitudes sérias, de reivindicar ser tratado com respeito e ter o seu dinheiro dos impostos devidamente aplicados em obras e projetos importantes. Enquanto ficarmos simplesmente vendo, falando e rindo de "Luizas" e "grávidas falsas" não poderemos ser levados a sérios como cidadãos.