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28 de out. de 2012

Cruzamento livre



Pela foto vocês já devem imaginar o assunto de hoje. O que vou dizer parece meio óbvio, porém como visto diariamente em diversos cruzamentos das mais variadas cidades, especialmente em Florianópolis, parece que no horário de pico muitos motoristas - pra não dizer todos - ficam meio abobalhados e esquecem até das coisas mais óbvias: todo cruzamento deve permanecer sempre livre para não congestionar o fluxo na rua transversal!



Vendo as fotos vocês já perceberam o que acontece quando algo óbvio não é respeitado pelos motoristas apressadinhos e folgados. O caos toma conta do trânsito. Um colega da internet postou uma hipótese muito ilustrativa.
"Imagine um cruzamento bloqueado. Agora imagine que, por causa deste bloqueio, uma fila enorme se forma na rua transversal, o que vai acabar bloqueando outro cruzamento, da quadra de trás, e este, por sua vez também vai formar outra fila na rua paralela à primeira, que bloqueia outro cruzamento, e esta fila agora, é quem está bloqueando o primeiro dos cruzamentos. Meio confuso, não? De qualquer maneira, agora imagine isso estendido a vários quarteirões. Eu acho que acontece, mas a gente não percebe..."
Desenhando fica mais fácil de entender...


Você leitor apressadinho, percebeu o que acontece quando você não respeita algo óbvio, quando não tem paciência de esperar pra avançar, quando não respeita as leis de trânsito? Você é o responsável pelo inferno na terra, pelo seu próprio inferno, que é o trânsito caótico do horário de pico.

Depois dessa introdução elucidativa, vamos ao que interessa: uma solução simples para resolver esse problema. Cabe uma ressalva: não existe solução mágica! Ou seja, tudo depende da educação dos motoristas e da fiscalização firme, constante e eficiente. Mas para ajudar na fiscalização e educação, uma medida muito simples é a pintura e demarcação das áreas de cruzamento que jamais devem ser bloqueadas, as famosas Yellow Box (mas como não gosto de termos em inglês, chamarei de Área Livre), como vemos na foto abaixo.


Sobre essa área demarcada, nenhum carro jamais deverá parar, para não obstruir o trânsito da rua transversal. Quem para sobre essa área, além de atrapalhar e muito o trânsito, está sujeito às penalidades de trânsito (infração média).

Aqui em Florianópolis, a prefeitura não tem nem nunca teve o costume de utilizar essa marcação nos cruzamentos. Na verdade só tenho conhecimento de um cruzamento aqui que tem essa marcação, no cruzamento em frente ao terminal Rita Maria. Se todos cruzamentos tivessem essa marcação os motoristas teriam mais facilidade para respeitar essa regra, e os policiais e guardas de trânsito teriam mais facilidade para multar os infratores. Simples assim!

23 de out. de 2012

Lombada Inteligente

Dando continuidade ao último post, com opiniões de soluções simples para melhorar o trânsito, sempre pensei que as lombadas poderiam ser mais do que meros obstáculos para redução de velocidade. Porque não juntar duas funções em um só equipamento? Lombada + faixa de pedestre! Muito mais interessante do que lombada e cinqüenta metros depois uma faixa de pedestres, o que obriga na maioria das vezes a reduzir ou parar o carro duas vezes, como visto na foto abaixo, próximo a entrada da Serrinha. Isso quando a lombada não está encostada na faixa de pedestre.


No Córrego Grande, outra via que é muito congestionada, entre a padaria Super Pão e a Escola Básica João Alfredo Rohr, em um trecho de quase 800m, temos 4 lombadas ao lado de faixas de pedestre, contribuindo para trancar ainda mais o trânsito.

Já vi essa solução - de juntar lombada e faixa de pedestre - usada largamente em Santiago no Chile, em Jurerê Internacional em apenas um ponto, na Pedra Branca e também na parte revitalizada da SC-439 entre Grão Pará e Urubici logo após a Serra do Corvo Branco (que por sinal ficou uma belezura, muito bem sinalizada), como visto na foto abaixo. Algo muito mais prático e lógico não acham?



O nome técnico para isso é Travessia Elevada ou Faixa Elevada. Além dos benefícios para o trânsito, ao se adotar essa solução a mobilidade dos cadeirantes também é facilitada pois, a faixa de pedestre ficará no mesmo nível da calçada, como pode ser melhor percebido na figura abaixo, retirada de um documento do Governo de São Paulo.









Penso que nem toda faixa de pedestre deveria virar lombada, mas toda lombada deveria virar faixa de pedestre. Claro que cada caso deveria ser analisado para que seja adotada a melhor solução conforme as necessidades e região. Mas onde os dois equipamentos estão próximos que se juntem eles, economizando uma parada ou redução de velocidade o que melhorará o fluxo nas ruas e avenidas assim como a vida dos cadeirantes. Simples assim!

4 de out. de 2012

Precisamos de especialistas

Andando pela cidade, seja de carro, de bicicleta ou a pé, percebo que pequenas ações da prefeitura poderiam contribuir muito para a melhoria do trânsito e da qualidade de vida das pessoas. Geralmente a prefeitura fala de grandes obras, como trevos, viadutos, duplicações, porém parece que não dá muita atenção para pequenas melhorias que poderiam ser feitas com supervisão de especialistas em trânsito e urbanismo. Se não há gente suficiente nos quadros da PMF/IPUF, porque não fazer convênios com as universidades e empresas juniores de cursos como Arquitetura e Urbanismo ou Engenharia Civil? Se não há especialistas no IPUF, nas universidades tem de sobra.

Talvez esteja equivocado ao falar que não há especialistas no IPUF, porém no quadro de funcionários vemos que só há uma pessoa na diretoria técnica, assim como no departamento de trânsito. E na diretoria de planejamento também só há uma pessoa além da secretária (lista completa). Dessas áreas só é possível ver o currículo da diretora de planejamento, que é Arquiteta pós-graduada. E os demais? Será que são especialistas ou apenas "políticos"? Mesmo sendo especialistas, fica claro que falta gente qualificada para somar ao quadro de funcionários do IPUF.

Como planejar uma cidade sem pensadores, sem especialistas? Não é preciso gastar fortunas em diárias para levar políticos à outros países para verem soluções adotadas lá fora. Cada cidade tem sua realidade. O que é preciso é vontade política de se resolver de fato os problemas de nossa cidade. Não espero que o prefeito seja o especialista que tanto falo. Espero que ele tenha humildade suficiente para contratar especialistas ou firmar convênios com as universidades para estes sim, pensarem nas melhores soluções de urbanismo e trânsito.

Eu não sou especialista em nenhuma dessas áreas, mas pela minha formação tenho um pouco de conhecimento e visão crítica. Por isso começarei a dar opiniões sobre essas pequenas alterações que poderiam ser feitas para melhorar o nosso trânsito e nossa qualidade de vida.

19 de fev. de 2011

Terceira ponte

Ainda na linha do post anterior - "será que existem técnicos no governo", vejo com receio a proposta jogada ao vento da construção de uma terceira ponte em Florianópolis (quarta na verdade). Pior do que a idéia em si de fazer uma nova ponte, foi o local onde seria construída: entre as duas ponte utilizadas atualmente!!! Será que ouvi direito? O trânsito da região é mais caótico do que a praça central do Egito em dia de manifestação. E mesmo assim querem literalmente enfiar mais um ponte ali? Qualquer um que transita diariamente pelo local, percebe que o problema atual não são as pontes em si, e sim a via expressa e a ligação na BR-101, no sentindo ilha-continente, e a sinaleira do Rita Maria, no sentido continente-ilha.

Uma atitude aparentemente acertada da Prefeitura é o início da execução do Viaduto do trevo do Rita Maria. Digo aparentemente pois nem todo viaduto resolve os problemas de trânsito. Depende muito do projeto e do traçado. Para completar o "acerto", só acho que falta reabrir a Av. Paulo Fontes para o trânsito de veículos. Ai sim o trânsito vai fluir melhor pra quem chega na ilha.

A terceira "ponte" que já passou da hora de ser feita, é a ponte do transporte marítimo entre Floripa e Palhoça, na Baía Sul, e Floripa e Biguaçu, na Baía Norte. Ai existem várias opções com balsas para transporte de carros, ou apenas transporte de pessoas, tudo interligado com outros modais como ônibus e veículos (quem sabe no futuro metrô, trem, teleférico). Mas ai a prefeitura diz que não é viável. Mas quem disse isso deve ter sido um político que não tem parentes em empresas do ramo. Quem sabe um dia com políticos interessados no bem do povo e da cidade a situação mude de figura. Até lá, precisaremos de uma boa dose de paciência para vencer essas nossas pontes.

16 de fev. de 2011

Técnicos ou Políticos?

Fico aqui pensado: será que existem "técnicos" no governo? Ou são todos apenas políticos preocupados em arranjar emprego para os apadrinhados e verbas para seus partidos? Digo isso porque vemos cada decisão tomada pelos governos - seja federal, estadual ou municipal - que chegam a doer os ouvidos.

Falando em município, mais especificamente sobre transportes, a prefeitura toma algumas atitudes que são no mínimo esquisitas. Fazem (tentam fazer) a beiramar continental (que está em construção desde 2006 e era pra ficar pronta em 2008), uma estrada que liga o nada ao lugar nenhum. Não tem começo nem fim. Acho que resolveram copiar a Beiramar de São José, que também liga coisa nenhuma ao nada. Rodovias de três pistas que afunilam em uma ou duas pistas em entroncamentos não planejados. Fazem um viaduto que promete desafogar o trânsito do sul da ilha. Só se for por milagre mesmo. Afinal um viaduto de duas pistas que liga uma rodovia de três pistas a uma "ruela" de pista simples vai desafogar o trânsito como? Mais uma piada do "sistema de transporte" de Florianópolis.

Vendo essas e outras soluções brilhantes - como faixas exclusivas para ônibus criadas do nada sem nenhuma mudança significativa na estrutura das ruas e rodovias - chego a conclusão que só pode estar faltando técnicos dentro da prefeitura e dos governos.