31 de out. de 2011

Cidadão Palhaço

Reproduzo abaixo texto que enviei ao Diário do Leitor do DC:
Estava na fila do semáforo embaixo do viaduto do túnel Antonieta de Barros, no Saco dos Limões em Florianópolis, quando um cidadão atravessou o carro na pista da esquerda esperando uma chance para claramente furar a fila. Antes do semáforo abrir, chegou um policial de moto que parou ao lado do carro que queria furar a fila e para meu espanto nada fez. Nem foi capaz de dar uma simples advertência verbal ao motorista infrator. Olhou e achou normal, tanto assim que quando a sinaleira abriu o policial deu vez ao furão. Essa é apenas umas das situações de descaso da polícia que vemos diariamente. O que fazer quando a própria polícia é conivente com o infrator? Como cidadão que cumpro as leis, fiquei me sentindo um verdadeiro palhaço!
Para completar, fiquei na dúvida da palavra certa para expressar como me senti: otário, idiota, besta, burro, ingênuo, tanso... mas entre tantas achei que palhaço era a melhor delas. Eu, que sempre espero no final da fila, quando vejo um policial se aproximar de alguém querendo furar fila penso que no mínimo o policial vai dar uma bela bronca no espertinho e mandar ele seguir o caminho sem furar fila, o que provavelmente vai levar o infrator para outro lado que ele não queria ir, fazendo ele perder muito mais tempo e pensar muito antes de querer furar fila novamente. Mas ledo engano... a Polícia Militar de Santa Catarina é conivente com os infratores, afinal o que vi não foi uma situação isolada.

Diante dessa situação, do policial olhar e não fazer nada, não falar nada e ainda dar a vez pro infrator, penso que estamos todos ferrados, pois então não adianta seguir a lei, ser um cidadão correto, afinal o que ganharei com isso? No mínimo ganharei mais tempo na fila, pois terei que dar a vez aos furões. Sou simplesmente mais um verdadeiro cidadão palhaço, neste enorme país de palhaços.


2 de out. de 2011

Foco: quem faz de tudo não faz nada direito

Como já perceberam, eu tenho opinião sobre tudo. Falo de tudo, faço de tudo, e isso tem suas vantagens. Mas como sempre, tem desvantagens também. Percebo que é preciso ter foco no que fazemos, se realmente queremos "chegar em algum lugar". Falo isso especialmente no campo do trabalho. Se for um faz tudo, será um faz tudo meia boca que não faz nada direito. Mas acho que antes de focar é preciso experimentar as várias alternativas que sempre existem para assim ter uma visão mais ampla e poder escolher melhor a área específica de atuação.

Na Engenharia Civil, profissão que escolhi, temos uma infinidade de opções de carreiras e, como exemplo cito algumas: projetos, planejamento, orçamento, gerenciamento de obras e de contratos, coordenação, fiscalização, compras, e execução de obras. Se for projetos, estes podem ser estrutural, hidrossanitário, elétrico, esquadrias, revestimento, fachadas, preventivo, etc. Se for estrutural ainda pode ser em concreto armado, concreto pré-fabricado, metálica, madeira. E se for trabalhar com obras estas podem ser de casas, edifícios residenciais ou comerciais, de baixo ou alto padrão, infra-estrutura, fundações, instalações industriais, grandes barragens, PCHs, obras pesadas, obras de terra e contenção, obras de arte (pontes, viadutos, galerias), túneis, portos, aeroportos, ferrovias, estradas... e muitas outras opções, cada uma com suas particularidades. Essa variedade de especializações não é exclusividade dos engenheiros. Muitas profissões tem um grande leque de atuação.

Eu escolhi pra mim execução de obras e outras atividades correlatas como orçamento e planejamento de obra. Comecei com reformas, casas, condomínios e agora estou em edifícios de alto padrão, e pretendo continuar nessa área mais alguns bons anos até poder montar a minha própria empresa.

Vejo que é importante fazer várias coisas, passar por várias experiências ao longo de uma carreira. Mas uma hora é preciso definir, focar, em um ramo de negócio. Para alguns essa hora de definir é logo no início. Para outros um pouco mais tarde. Penso também que não precisa ser algo fixo e imutável, podendo mudar entre as várias opções durante uma carreira. Mas querer fazer de tudo um pouco ao mesmo tempo, para mim não é o caminho. Pois como já disse, quem faz de tudo não faz nada direito.